Continência fecal: Uma boa continência anal, ou anorretal é caracterizada pela capacidade de perceber, armazenar, e evacuar, eficientemente e sem dificuldade, o conteúdo retal em local e momento convenientes.
No momento da evacuação é necessário que haja o relaxamento da musculatura responsável pela continência (musculatura do assoalho pélvico e esfíncteres) para que as fezes possam deixar a ampola retal (porção final do reto que armazena as fezes momentos antes da evacuação) sem maiores esforços.

Incontinência fecal: Perda involuntária de material fecal e de gases, devido a incapacidade de manter o controle fisiológico do conteúdo intestinal em local e tempo adequados.
Incidência:
15% das mulheres com mais de 50 anos
3% das mulheres que tiveram partos vaginais
51% dos pacientes com diarréia crônica
Causas:
Lesões diretas nas estruturas musculares
Problemas congênitos
Doenças inflamatórias do intestino
Doenças neurológicas
Abuso laxantes
Envelhecimento
Diminuição da complacência retal
Consequências:
Irritações / úlceras de decúbito
Alterações nutricionais
Depressão
Isolamento social
Queda auto-estima
Tratamento
Para problemas na percepção, o tratamento com fisioterapia costuma apresentar resposta bastante satisfatória e rápida. Estímulos da ampola retal podem ser feitos com balonetes, terapia manual, eletroterapia, e outras técnicas, de acordo com cada caso.
Já para os problemas no armazenamento (ou incontinência) o tratamento variam muito de acordo com cada caso. Quando o problema é causado pela ruptura de um esfíncter, por exemplo, a correção necessária pode ser cirúrgica.
Depois da cirurgia ou para os casos de incontinência onde não há lesão muscular direta, ou onde esta lesão é mais moderada, a fisioterapia também apresenta resultados bastante satisfatórios, podendo regredir a incontinência em até 100%.
O fortalecimento muscular é, normalmente, o tratamento mais indicado para este tipo de incontinência: pode ser feito através de técnica manual, cones vaginais ou biofeedback.
Para o sucesso do fortalecimento é fundamental que a musculatura enfraquecida seja identificada corretamente: fortalecer o esfíncter quando é a MAP que está enfraquecida pode piorar o problema, assim como o inverso. Fortalecer uma musculatura que já tem dificuldade de relaxar também é caminho certo para piorar o problema.
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